Postado em 01/11/2019
A imunoterapia que combate a rinite alérgica não é uma técnica nova. Pelo contrário: trata-se de um método centenário. Em 1911, o cientista inglês Leonard Noon (1877-1913) publicou o primeiro artigo defendendo a eficácia das vacinas terapêuticas contra essa condição crônica — hoje, ela afeta quase um terço da população.
Desde então, centenas de pesquisas fortaleceram as evidências de que expor o
organismo a microdoses dos alergênicos é
uma maneira eficiente de ensinar as próprias defesas a tolerá-los melhor.
No final da década de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou até a
reconhecer a imunoterapia como único
procedimento médico capaz de alterar o curso de uma doença alérgica.
Já neste século, um estudo publicado no periódico International Archives of
Otorhinolaryngology, 281 pacientes entre 3 e 69 anos — foram selecionados. Além
de rinite alérgica, alguns sofriam de asma. Primeiro, foram submetidos a um
teste de pele que identifica a quais componentes o indivíduo é sensível. Foram
testados ácaro, fungo, pelo de animais, pólen e penas.
A partir dos laudos, a pesquisa elaborou
uma vacina para cada paciente. Está aí um conceito-chave da imunoterapia: o
tratamento é personalizado, baseado em alérgenos específicos. A ideia é dessensibilizar o paciente até
ele ficar sem sintomas.
Durante 14 meses, os voluntários receberam mais de 30 aplicações da vacina. As
primeiras doses continham uma quantidade pequena dos alérgenos. A segunda, uma
concentração média; a terceira, mais forte; e a quarta e última dose,
extraforte.
Os pacientes eram monitorados até 30 minutos após a picada — em caso de reação, os remédios podiam
entrar em cena tranquilamente. Logo após as primeiras sessões, os pacientes
relataram estar com o nariz desobstruído. Um ganho e tanto para quem vira e mexe
está com a respiração travada.
O preço pode ser um problema nesse
procedimento. Alguns hospitais públicos até fornecem a imunoterapia pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), mas a
maior oferta se encontra em clínicas particulares. Caso sofra de rinite
alérgica ou tenha dificuldades para respirar, procure um médico especialista e veja com o melhor tratamento para o
seu caso.
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